27 de mar. de 2010

Mas Voam

O Poeta, de ingênuo feitiço

Ainda esperava ela voltar

A que um dia lhe escapou

Pela armadilha furada.

Não queria prende-la pra si

Era um presente de amor.

Foi por ingênuo feitiço

De poeta enamorado

Devastador de campos

Em busca de margaridas perfeitas

Que o presente foi aprisionado

Num céu pra sempre lunar.

E Ele em sua inocência

Sem saber que aquele presente

Durou um tempo ínfimo

E não voltaria da vida estancada.

Esperava, esperava.

Mas cada ovo foi um descendente.

E eram tantos num redemunho

Que nem caberiam na carta.

Mais bonito que o presente,

E o Poeta de adormecido não viu

Foi quando o céu se partiu

Libertando as mariposas.